Os dois Arabescos No. 1 e No. 2 (Deux arabescos) é um par de arabescos
compostos para piano entre os anos de 1888 e 1891, por Claude Debussy, quando ele ainda estava na casa dos vinte
anos.
Embora compostos muito cedo, os arabescos contêm dicas de
desenvolver do estilo musical de Debussy. A suíte é uma das peças impressionistas
da música erudita, seguindo a forma francesa de arte visual, Debussy parece
passear modos e chaves, e atinge cenas evocativas através da música. Sua visão
de um arabesco musical era uma linha curva, de acordo com a natureza e com a
sua música.
A sinfonia
nº 6 de Beethoven, também chamada Sinfonia
Pastoral, é uma obra musical precursora da música programática. Dividida
em cinco andamentos, tem por propósito descrever a sensação experimentada nos
ambientes rurais. Beethoven insistia que essas obras não deveriam ser
interpretadas como um "quadro sonoro", mas como uma expressão de
sentimentos. É uma das mais conhecidas obras da fase romântica de Beethoven.
Andamentos
Allegro
ma non troppo (em forma-sonata) - "Despertar de
sentimentos alegres diante da chegada ao campo"
Andante
molto mosso - "Cena à beira de um regato"
Allegro
-
"Dança campestre"
Allegro
-
"A tempestade"
Allegretto
-
Hino de ação de graças dos pastores, após a tempestade
Cavalleria rusticana (em português Cavalheirismo
rústico) é uma ópera em um único ato de Pietro Mascagni,
estreada aos 17 de maio de 1890 no Teatro Costanzi, em Roma.
É dividida em duas partes, separadas por um intermezzo, mas se apresentam
em cena contínua.
O libreto é de Giovanni
Targioni-Tozzetti e de Guido Menasci, extraído da novelahomónima
de Giovanni Verga.
Thaïs é uma ópera em três
atos de Jules Massenet. A meditação, passagem mais famosa da ópera, é executada
como interlúdio entre duas cenas do segundo ato, e faz parte do repertório
clássico tradicional, sendo executada normalmente como peça de concerto.
Ária
na corda Sol (G) ou Ária da Quarta Corda é
uma adaptação para violino e piano do segundo movimento da Suíte nº 3 para
orquestra, de J. S. Bach.
História
A peça original faz parte
da Suíte nº 3 para orquestra, em Ré Maior, de Johann Sebastian Bach, BWV 1068,
escrita para o Príncipe Leopoldo, entre 1717 e 1723.
Os títulos "Ária na
corda Sol" e "Ária da 4ª Corda" não são originais. Vieram de uma
adaptação para violino e piano do 2º movimento da suíte nº 3 para orquestra, em
Ré Maior, de J. S. Bach, feita por August Wilhelmj (1845 -
1908). Transpondo a tonalidade da peça de Ré Maior para Dó Maior, Wilhelmj foi
capaz de tocar a peça em apenas uma corda de seu violino, a 4ª corda, que é
normalmente afinada em Sol (G).
Cultura
Popular
O nome popular Ária
na corda Sol tomou, hoje, o significado de quase todos os arranjos da
famosa Ária de Bach, dentre eles:
- Shiro Sagisu, compositor
de músicaAnime(conhecido
por compor a música de fundo deNeon Genesis Evangelion)
fez um arranjo da Ária para o filmeThe End of Evangelion, cuja primeira
metade é intitulada "Air / Love is Destructive".
- Parte da música numa
"Sweetbox" em Everything's Gonna Be Alright.
- Um breve excerto da
versão original de Bach aparece no desenho animado dos Beatles "Yellow
Submarine", onde o submarino perdido no Mar dos Monstros acende um charuto
explosivo que ele deu a um monstro em forma de caixa.
- Também se popularizou na Itália,
na versão cantada pelos Swingle Singers, como abertura do histórico
programa científico de TV"Quark" de Rai Uno, desde 1981.
- O guitarrista virtuose Yngwie
Malmsteen costuma apresentar versões da Ária em seus álbuns e concertos ao
vivo. Suas interpretações incluem "Air on a Theme" , "Air on a G
String" (no seu álbum ao vivo) e no seu último Unleash The Fury.
"Air".
- No Simulador de Vôo
Espacial Orbiter, essa é a música "default" no MP3 da
cabine do piloto quando instalado o Add-On Orbiter Sound de Daniel Polli.
- A melodia tem sido usada
em vários filmes, tais como Se7en, Collateral e The Spy Who
Loved Me.
A Sonata Op. 27 n. 2 é uma sonata de Beethoven.
Essa sonata foi muito tocada na época de Beethoven, que chegou a dizer que
tinha feito músicas melhores. A "Sonata
ao Luar", que serviu de tema para inúmeros filmes e romances,
só recebeu seu famoso apelido muitos anos depois da morte de Beethoven. Foi o
crítico Rellstab que comparou a música a um luar ao lago Lucerna. Tal
comparação foi adotada como apelido para a obra.
Assim como na sonata
anterior, o primeiro movimento vem com a indicação "quasi una fantasia".
Uma melodia melancólica é apresentada acompanhada por um ostinato que
dura o movimento inteiro. Beethoven coloca no início da partitura uma
indicação de "senza surdina". Os desavisados pensam que a
"surdina" se refere ao pedal esquerdo do piano, o
"una corda". Mas na verdade a "surdina" a que Beethoven se
refere é o pedal direito. Nos pianos da época de Beethoven, o pedal direito
levantava os abafadores (surdinas) das cordas. Ou seja, Beethoven pretendia que
o movimento inteiro fosse tocado sem nenhuma surdina nas cordas (com o pedal
direito abaixado). Como os pianos modernos não permitem isso - o nível de
projeção é muito maior do que o piano da época de Beethoven, criando
dissonâncias indesejadas - essa indicação serve como parâmetro para
interpretação e não deve ser levada a risca (a não ser que o pianista toque num
piano de época). O movimento tem uma forma-sonata um pouco escondida, onde há
uma exposição, desenvolvimento e recapitulação, mas a forma
fica bem diluída no contexto geral. Assim como na sonata anterior, Beethoven
coloca um "attacca subito" no final do movimento para dar
continuidade à música.
O segundo movimento é um minueto com trio.
Possui uma melodia simples, porém, Beethoven usa uma mudança rítmica comsíncopes.
A atmosfera é bem leve e alegre.
O terceiro movimento é o
mais extenso e "dramático". De uma dificuldade técnica muito grande,
esse movimento vem na forma sonata. O tema principal é heróico e
turbulento - uma série de acordes arpejados ascendentes e
bastante rápidos. Ao longo do movimento, o baixo Alberti se faz presente,
mantendo a ansiedade mesmo quando a melodia tem um ar mais calmo. O
segundo tema é mais lírico e melódico. No final do movimento Beethoven
apresenta uma coda estendida (o que começa a se tornar uma constante
na sua obra para piano). Nesta coda, ele usa acordes "quebrados"
(Arpejos velozes que soam como se alguém tocasse um acorde sem tocar as
notas todas juntas), o que Beethoven usaria mais tarde na Appassionata.
Além disso, na coda, Beethoven traz um pouco do caráter de uma cadência,
onde o pianista "improvisa" com as harmonias até voltar ao
tema principal para concluir o movimento.
Clair de Lune, uma das
composições clássicas mais belas e executadas em todo mundo completou seu centenário este
ano. Composta em 1905, como parte da Suíte Bergamasca, Clair de Lune
imortalizou seu criador, o francês Claude Debussy, e tornou-se um dos maiores
ícones da música erudita em todo mundo.
Para chegar a compor sua
grande obra, Claude Debussy superou inúmeras barreiras. Em 1862, quando nasceu,
sua família passava por dificuldades. O menino de cabeça disforme e
temperamento extremamente introvertido, chegou a ser apontado como vítima de um
retardamento mental, incapacitado para o aprendizado, inclusive da música.
Filho de um pequeno comerciante de Saint Germane en Layen teve uma infância
humilde, repleta de rejeição.
Aos nove anos de idade,
Debussy teve seu primeiro contato com o piano, instrumento para o qual compôs Clair
de Lune. Isto ocorreu quando residia em Cannes, na casa de seus padrinhos. Os
primeiros professores nunca viram nele qualquer potencial. Era um aluno
medíocre e foi rejeitado ao tentar estudar no conservatório de música de Paris.
Por insistência de uma influente professora, acabou aceito, porém com reservas.
Foram mais de 10 anos de
estudos exaustivos e conflitos com seus mestres. Debussy insistia em subverter
os rígidos padrões de composição e execução da música erudita. Um temperamento
inquieto, contestador, que levou-o rapidamente a enfronhar-se na efervescência
cultural da época, na qual despontavam Rimbaud, Balzac, Manet, Renoir e Van
Gogh. O destino levou Debussy a ser um dos compositores mais executados em toda
França e ser incluído como um dos expoentes do movimento impressionista. Sua
obra converteu-se na precursora da música moderna e o elevou ao status de um
dos mais importantes compositores do final do século 19 e começo do 20.
O genial Debussy
apresentou a partitura de Clair de Lune em 1905. Nesta época, já sentia os
primeiros sintomas do câncer que acabaria com sua vida, 13 anos mais tarde, no
dia 25 de março de 1918, em Paris. Sua inspiração teria vindo de um momento de
extrema solidão, na sacada de um prédio, ao ver o clarão da Lua cheia sobre a
capital francesa. Essa é apenas uma das várias histórias que cercam a vida deste
músico e, no entanto, nunca confirmada.
De tão popular, no afã de
aproximar-se ainda mais de sua beleza, o título Clair de Lune, em francês, acabou
sendo distorcido em outras línguas, sendo também chamado de Claire de Lune. Na
verdade, isto pouco importa, ao ouvir e deixar-se levar pela singeleza de suas
notas, pela leveza da construção de frases um tanto melancólicas, lindas e
serenamente angustiadas. Neste momento só existirá a sensação de imortalidade
da obra de Debussy. Só restará, então, a
fantasia de se pensar em quantos amores e paixões foram irrompidos e sepultados
no devaneio desta música ao longo deste século. Quantos poemas escritos sob
suas notas perfeitamente precisas, numa harmonia carregada de emoção. Ou
naqueles que quiseram sentir o mesmo que Debussy e tantos outros que tiveram a
rara felicidade de serem tocados por tamanha sensibilidade.
Depois de se escutar Clair
de Lune se tem a certeza de que a música pode se transformar numa imensa e celestial
pintura. Num retrato impressionista e único do espetáculo da natureza, que sem
custar uma só moeda a ninguém, é derramado diariamente pelo Universo sobre a
Terra. Mais que uma tradução, Debussy comprovou que a alegria se confunde com a
euforia assim como a felicidade se aproxima de uma cândida tristeza.
Provavelmente você já deve
ter ouvido Clair de Lune. Esta música já foi usada no cinema, televisão, teatro
e é tida como a composição clássica mais executada de todos os tempos. Mas isso
não faz ninguém cansar dela, mesmo 100 anos depois de ter sido composta. Toda
vez que aquelas notas doces, melancólicas e de um romantismo ímpar são
executadas, fica difícil conter a vontade de suspirar. Talvez tenha sido no
cinema que Clair de Lune ganhou mais espaço. Um filme, em especial, traz a
música como pano de fundo e fio condutor da trama. Frankie e Johnny, de Garery
Marshall - o mesmo diretor de Uma Linda Mulher - tem como protagonistas Al
Pacino e Michele Pfeifer. O romance da garçonete desiludida, com um cozinheiro
e ex-presidiário, é marcado pela música. O filme é baseado numa peça de teatro
que fez sucesso no circuito off-Broadway nos anos 80: Frankie and Johnny in the
Clair de Lune, de Terrence McNally.
O Adágio in G Minor para
violino, cordas e órgão, é uma composição "neo-Baroque" popularmente
atribuída ao compositor veneziano Tomaso Albinoni (1671-1751), mas na realidade
foi quase inteiramente composta pelo músico e biógrafo de Albinoni, Remo Giazotto
(1910-1998).
Embora a composição seja
usualmente referida como "Adagio de Albinoni", ou "Adagio in G
Minor, de Albinoni", com arranjo de Giazotto", a atribuição deveria
ser invertida. A contribuição de Albinoni repousa sobre a descoberta de Giazotto
de um fragmento manuscrito (que consistia de uns poucos acordes da linha
melódica e um pedaço de "basso continuo") de um segundo
movimento de um "trio sonata" de Albinoni.
De acordo com as
declarações de Giazotto, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, ele
obteve o documento da Saxon Library, em Dresden, que -
embora tenha tido seus edifícios destruídos nos bombardeios de fevereiro e
março de 1945 pela Força Aérea Britânica e Americana - grande parte do seu
acervo tinha sido retirado e preservado. Giazotto concluiu que o fragmento
manuscrito era uma parte de uma sonata religiosa ("sonata da chiesa",
uma ou duas formas usuais de um "trio sonata"), in G Minor, composta
por Albinoni, possivelmente como parte do seu conjunto Opus 4, composto por
volta de 1708. Giazotto então compôs o restante do trabalho, baseado no
tema fragmentado que ele atribuiu a Albinoni, e o publicou em 1958,
embora nunca tivesse apresentado o manuscrito.
A música permeou-se à
cultura popular, tendo sido usada como música de fundo para filmes como
Gallipoli, programas de televisão e em anúncios.
"Serenata", música imortal de Franz Schubert, foi
escrita em 1826. É uma melodia simples e encantadora, da primeira à última
nota, escrita sob a inspiração do momento, e, no entanto, caracterizada pela
perfeição absoluta de acabamento, graça e beleza que nunca esmorece.
O balé "O
Quebra-Nozes", foi lançado em 17 de dezembro de 1892 no lendário teatro de
São Petersburgo, Mariinskji com coreografia original de Lev Ivanov, livreto de
Marius Petipa e música de Piotr Ilvich Tchaicovsky.
A primeira história que se
conhece de "O Quebra-Nozes" é baseada no livro de contos de Ernst
Theodor Amadeus Hoffmann, intitulado "O Quebra-Nozes e o Rei dos
Ratos" (1816). No entanto, o argumento que daria vida, anos mais
tarde, ao balé deriva de uma adaptação que Alexandre Dumas (pai) fez do texto
de Hoffmann.
Esta obra consolidou
Tchaikovsky como o mais importante compositor de música para balé, também
famoso por obras como "O Lago dos Cisnes" e "A Bela
Adormecida".
Sinopse
do enredo:
É véspera de Natal e a
ilusão se faz presente no ambiente. Uma menina e seu irmão esperam viver
uma noite mágica. Ao chegar ao salão, algo os surpreende, uma árvore de
Natal iluminada e cheia de brinquedos e guloseimas.
O excêntrico padrinho das
crianças havia construído um fabuloso castelo, onde elegantes cavalheiros e
damas passeavam e dançavam.
A menina recebeu o dom de
um quebra-nozes (soldadinho de madeira usado para quebrar a casca da
noz). Em seus sonhos, ela vê o brinquedo se tornar um príncipe e, em
seguida, aparecem na cena as fantasias e aventuras desta menina tão
especial.
O musical do balé de
Tchaikovsky é uma das suas partituras mais populares, pertence ao período
romântico e contêm algumas de suas melodias mais memoráveis. "O
Trepak" ou dança russa é uma das peças mais conhecidas do balé, junto com
as famosas “Valsa das Flores" e Marcha, além do onipresente "Dança da
Fada de Açúcar". O balé contém harmonias surpreendentemente
avançadas.
Essa canção não teve
direitos autorais registrado por nenhum músico. Após tantos séculos continua
fazendo sucesso, Greensleeves é constantemente interpretada, seja em violão
clássico, flauta,voz (The King's singers) ou piano onde rendeu milhões de
vizualizações no youtube (intérprete David Nevue). Muitos acreditam que
Greensleeves foi composta por Mozart, porém não há registro algum que Mozart
tenha a feito ou tocado.
A Rapsódia Sobre um Tema de
Paganini (em russo: Рапсодия на тему Паганини) em lá menor, opus 43,
é um trabalho concertante, com duração média de 20 a 25 minutos, escrito pelo
compositor russo Sergei Rachmaninoff. A obra foi escrita para piano e orquestra,
lembrando um concerto para piano, em Villa Senar, Suíça, de acordo
com anotação na partitura, de 3 de Julho a 18 de Agosto de 1934.
O próprio Rachmaninoff, notavelmente um intérprete dos próprios trabalhos,
tocou piano na estréia da peça na Lyric Opera House em Baltimore, Maryland, EUA,
em 7 de Novembro de 1934 com a Orquestra da Filadélfia regida
pelomaestro Leopold Stokowski.
A Variação XVIII foi incluída na banda
sonora do filme Somewhere in Time, de 1980, obtendo grande
repercussão e apresentando Rachmaninoff ao grande público.